A questão do abuso é sempre preocupante. Todas as crianças têm que ter o conforto, a proteção de todas as famílias e da sociedade como um todo. Respeitar a individualidade e as características emocionais de cada um é fundamental. Mas precisamos entender a importância dos limites, da educação dentro de casa e como isso refletirá, posteriormente, na convivência social.
A casa é a primeira sociedade que a criança convive, é de onde ela terá suas primeiras compreensões sobre a vida, definirá o seu caráter e aprenderá os primeiros princípios sobre as relações sociais. Depois segue se desenvolvendo na escola, até atingir sua maior idade. E nesse caminho, ela pode vir a sofrer algum tipo de abuso, como negligência, físico, sexual ou emocional.
Mas como protegê-las disso? Ensinando-as. É importante que elas aprendam sobre o respeito do adulto com a criança e estabelecer o contrário é fundamental. Dessa forma, a criança compreende sua posição e aceita alguns limites que a família e sociedade colocam. O que as manterão distante de outras violências que possam viver está relacionado com as práticas comportamentais da família, que lhe impõe o que é certo e errado e mostram os bons exemplos, vivendo em um ambiente longe de mentiras.
Estrutura emocional
Mostrar o equilíbrio na forma de educar os pequenos é a base para que eles tenham uma estrutura emocional para lidar com o que é novo. Devemos dar todo o suporte emocional necessário a elas, como estimular a autoestima, fazer elogios, presentear quando atinge alguma meta definida, ser assertivo e rígido quando necessário, é uma grande ferramenta de educação. A partir deste comportamento, as crianças seguem com uma referência. Primeiro sejamos o exemplo, depois ficará mais fácil falar daquilo que já é vivido.
Entretanto, só isso não basta. Temos sempre que observar tudo, verificar e ter sempre atenção à criança, nos seus detalhes, como mudança brusca de comportamento, e buscar saber o que está acontecendo. Converse com a criança respeitando sua faixa etária de compreensão, observando o amadurecimento emocional, que varia de criança para criança, seja sempre verdadeiro, isso ajuda em muito na percepção deles.
Evite falar com as elas como se estivesse em uma reunião de trabalho. Converse olhando nos olhos, dando a atenção que necessitam. Responda as perguntas e traga sempre para a reflexão das suas necessidades e dos perigos que muitas vezes possa estar passando.
Repetição
Nós aprendemos a amar sendo amados, penso que também o respeito vem como uma repetição daquilo que vivemos. Sê somos respeitados em casa, minimamente, vamos reproduzir isso em todos os lugares que formos. Nós, pais e cuidadores, neste sentido, temos a real importância para que os pequenos, vendo como são tratados, saberão o que pode e não deve ser aceito, o consentimento fica implícito.
A questão do consentimento está em mostrar que existem limites, e que cada família, dentro da sua cultura e educação, devem ensiná-los. Se não aprenderem em casa, há uma grande chance de vivenciar e aprender outras coisas na rua, sem saber os limites do que é abuso e os limites do consentimento.