Desafios, benefícios e a importância da amamentação

Nesta segunda, 1º de agosto, comemoramos o Dia Mundial da Amamentação. A data está aí para nos lembrar da importância deste ato de amor e afeto. Por isso, decidimos aproveitar o momento para falar um pouquinho mais sobre a temática por aqui. Afinal, embora seja de extrema importância para a criança, a amamentação não é apenas flores, é preciso informação e preparo para que o momento seja agradável para a mamãe e para o bebê. Vem saber mais sobre o assunto!

A importância da amamentação

O Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (Unicef) criou, em seu site, uma página especialmente para falar sobre a amamentação e o impacto que ela tem na vida das crianças. No espaço, eles relacionam uma série de motivos pelos quais o aleitamento materno influencia na saúde dos bebês. Listamos abaixo os fatores principais e, acredite, não são poucos.

– Bebês até seis meses de idade devem ser alimentados somente com leite materno, não precisam de chás, sucos, outros leites, nem mesmo de água.

– Amamentar imediatamente após o nascimento pode reduzir a mortalidade neonatal.

– Bebês recém-nascidos devem ser amamentados na primeira hora após o parto, pois o colostro, leite amarelado e grosso que a mãe produz nos primeiros dias após o nascimento, é o alimento ideal para recém-nascidos.

– O aleitamento materno na primeira hora de vida também auxilia nas contrações uterinas, diminuindo o risco de hemorragia. E, além das questões de saúde, a amamentação fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho.

– O leite materno é o melhor alimento que um bebê pode ter. É de fácil digestão e promove um melhor crescimento e desenvolvimento, além de proteger contra doenças.

– A partir dos seis meses, os bebês precisam de uma alimentação variada, mas o aleitamento materno deve continuar até o segundo ano de vida da criança ou mais, pois continua sendo uma importante fonte de energia, de proteína e de outros nutrientes como vitamina A e ferro.

Desafios da amamentação

Em uma matéria da Revista Crescer, a Enfermeira obstétrica e consultora de amamentação Sílvia Briani, do Coletivo Nascer (SP), explicou que amamentar pode doer, sim. Entre os motivos temos: bicos rachados, seios muito cheios, ingurgitamento mamário, mastite, entre outros. No entanto, a dor não é natural e existe solução! É preciso buscar apoio dos especialistas para identificar o problema.

Entre os motivos que mais levam as mamães a desistir de amamentar, a sensação de produzir pouco leite é a principal causa, segundo a enfermeira. Afinal, um dos mitos da amamentação é do pouco leite ou leite fraco. Embora existam algumas situações específicas em que a produção insuficiente de leite pode acontecer, como a hipoplasia mamária, não existe leite fraco. O que pode acontecer é um desequilíbrio causado quando o bebê não suga adequadamente ou quando a livre demanda não é respeitada ou mesmo quando há o uso de bicos artificiais.

O bico invertido é outra grande dificuldade na amamentação. Isso acontece quando o bico do seio é voltado para dentro e pode dificultar a pega, dificultando a sucção e fazendo com que o bebê puxe o seio com mais voracidade. Existem alternativas para que a mãe forme o bico, no entanto não se deve recorrer às conchas e bicos de silicone, sem recomendação profissional, porque pode atrapalhar ainda mais.

A falta de informação e preparo, somada à falta de apoio e às críticas, são outra grande barreira enfrentada pelas mamães. Buscar a ajuda de profissionais para se preparar para a amamentação é sempre a melhor alternativa.

Benefícios do aleitamento materno para as mamães

Ainda que nem sempre seja fácil e instantâneo, a amamentação deve, sim, ser um momento prazeroso para o bebê e para a mamãe! E não são só os pequenos os beneficiados por essa ação, não. O portal de notícias da Globo, G1, elencou os benefícios da amamentação para as mulheres são eles:

Redução de chances de depressão pós-parto.

Efeito protetor contra o câncer de mama e de ovário.

Redução do risco da mulher desenvolver diabetes tipo 2 após a gravidez.

Fortalecimento do vínculo entre mãe e filho.

Direitos da lactante

O Unicef alerta que as mães têm direito de amamentar os filhos, mesmo que já tenham voltado ao trabalho!

“Todas as mães têm o direito de amamentar seus filhos. No trabalho, em casa e até quando estão privadas de liberdade, elas têm direito a alimentar o seu filho no peito. O aleitamento materno é também um direito da criança. Segundo o artigo 9º do Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever do governo, das instituições e dos empregadores garantir condições propícias ao aleitamento materno”.

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