Consumo consciente: como influenciar compra em brechó!

Há algum tempo ouvimos falar sobre consumo consciente. Inclusive, já debatemos esse assunto aqui no blog. Essa é uma prática que vem aparecendo para nós, consumidores, de forma muito natural. Aos poucos, fomos optando por adquirir produtos e serviços de marcas com as quais nos identificamos. Quando se trata do consumo para os nossos filhos, nós, mães, somos ainda mais criteriosas. Afinal de contas, sabemos que somos o maior exemplo de nossos filhos. Por isso, na hora de adquirir calçados novos optamos pela Klin, que preza pela saúde e diversão de nossos pequenos, e ainda oferece modelos sustentáveis.

Mas não é segredo para ninguém que roupas e calçados de crianças deixam de servir em um curto espaço de tempo. Muitas vezes, as peças ainda estão novinhas em folha. Nesse contexto, entram os brechós infantis, espaços para troca, venda e compra de peças usadas. Mas onde entra a sustentabilidade e o consumo consciente nisso? Bom, a resposta é simples: imagine todas essas roupas e calçados sendo descartados mês a mês. Agora imagine essas peças sendo passadas para outras crianças até que, de fato, não tenham mais condição de uso. Conseguiu mensurar a quantidade de lixo que estamos reduzindo? Além disso, os brechós infantis também oferecem opções de roupas e calçados mais em conta, auxiliando na economia das famílias. Legal não é mesmo?

Para explicar um pouco mais sobre o tema, resolvemos trazer a história do site Ficou Pequeno para vocês! Quem conta pra gente é o Alexandre Fischer, pai do Tom, publicitário e idealizador do Ficou Pequeno. Olha que interessante!

Como surgiu a ideia de criar a Ficou Pequeno?

Em meados de 2012, descobri, na casa da minha irmã, um armário cheio de roupas e sapatos que não cabiam mais nas minhas sobrinhas gêmeas, que, naquela ocasião, tinham dois anos. Pesquisando mais sobre o assunto, meu filho ainda não havia nascido, descobri que até os dois anos existem até 14 tamanhos de roupas diferentes e que a maior parte das roupas deixa de caber antes mesmo de ser usada ou com apenas um ou dois usos.

Daí surgiu a ideia de criar uma plataforma de economia circular para conectar famílias que estivessem vivenciando essa realidade. Quem vende recupera parte do que investiu e libera espaço em casa, quem compra economiza até 80% em produtos escolhidos e cuidados com muito carinho. Além disso, todo mundo ainda ajuda o planeta.

Como foi a aceitação e a interação com o público?

A aceitação foi incrível. Em um mês do site publicado, já tínhamos mais de 100 famílias com lojinhas criadas e mais de 1.000 produtos cadastrados. Hoje, são mais de 150 mil famílias comprando ou vendendo e quase 100 mil produtos procurando um novo dono.

Tem sido uma experiência fantástica ver os produtos viajando de norte a sul do país, geralmente acompanhados de uma carta escrita à mão, alguns presentes, para além do que a pessoa comprou, entre outros mimos. Apelidamos de “comércio afetivo”, um carinho que passa de família pra família.

Conhecemos grande parte das vendedoras e vendedores pelo nome e a sensação é realmente de formarmos uma grande família.

É perceptível uma preocupação dos pais com a sustentabilidade?

Sim! É perceptível essa preocupação e satisfação, não só em praticar o consumo consciente, mas em ensinar esses valores para os pequenos. À medida que as crianças vão crescendo, muitas passam a ajudar as famílias nas atividades da lojinha, separando os produtos, criando embalagens, escrevendo bilhetinhos.

Geralmente, quem começa a praticar a economia circular não para mais. Esse ano, completamos nove anos de existência e as 20 lojinhas que mais vendem no site estão, em média, há sete anos no Ficou Pequeno.

E como incentivar a compra em brechós ou espaços de trocas?

As famílias com filhos pequenos costumam se conectar muito, seja através dos grupos de apoio ou de atividades em comum com as crianças. Por isso, o boca a boca ainda é um canal de divulgação muito importante. Algumas mães nos contam que divulgam o Ficou Pequeno para toda família que ganha um novo membro. Todo mundo só tem a ganhar.

O mercado de venda de roupas usadas está em crescente aceleração em todo o mundo. A projeção nos EUA é que ele dobre nos próximos 5 anos e seja 2x maior do que o Fast Fashion até 2030.

Ótima ideia, não é mesmo?! Além das opções online, existem diversas opções locais. E você, já praticou a economia circular?

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