Motivo de angústia para a maioria das mamães e papais, principalmente os de primeira viagem, a educação ocupa o pódio das preocupações com os filhos. E não falo só da educação escolar, mas principalmente da educação familiar.
A preocupação faz sentido, levando-se em consideração que até os 4 anos a personalidade da criança já está formada, segundo o Pai da Psicanálise, Sigmund Freud.
Cabe a mães e pais auxiliar seus filhos no desenvolvimento do caráter e das habilidades sociais. O propósito é que os pequenos adquiram maturidade emocional e obtenham sucesso em vários âmbitos. Todos queremos ver nossos filhos bem nos mais diversos âmbitos da vida: escolar, profissional e pessoal, é claro.
Aqui fica uma dica muito importante: o autoconhecimento das mamães e papais. Conhecer melhor a si mesmo evita repetir erros do passado. Entender seus próprios sentimentos para não confundir e prejudicar o relacionamento com os filhos. Invista nisso!
Na educação familiar três palavrinhas me vêm em mente: carinho, presença e equilíbrio. Na vida, não existe manual, como gosto de dizer sempre. Somos seres únicos e o conviver é construído: convivendo. Aprendemos com cada pessoa em nossa vida. No entanto, essas atitudes vão ajudar desde os primeiros momentos com nossos filhos.
O carinho deve estar presente sempre, independente do que seu filho faz. Mesmo quando há necessidade de impor disciplina. É a atitude de respeito, dialogar e incentivar os pequenos. Não é simplesmente dizer “eu te amo”. Está ligado diretamente à presença. Saiba verdadeiramente do que seu filho gosta. Vivencie experiências com ele. Vá aos eventos que ele participa e também leve para casa os amiguinhos para conhecê-los.
E aí entra o equilíbrio. Se gerações anteriores foram muito autoritárias e rígidas, a atual acabou sendo bastante permissiva. Nem uma coisa nem outra são boas. O ideal é encontrar o ponto entre permitir e limitar. Permitir que seu filho viva bem cada época da existência dele, mas sabendo que a vida impõe limites em vários momentos.
Vamos a algumas dicas neste processo. Estamos dando sinais o tempo todo e ensinando com nossos comportamentos. Quando eu deixo meu filho ganhar em um jogo porque ele não tem a mesma capacidade que a minha e evito que ele se frustre, posso transmitir a mensagem de que a vida é só ganhar. O jogo é uma excelente oportunidade para a criança aprender a lidar com perdas e ganhos. Se digo “não foi nada” e chamo o buraco na rua de bobo, a criança pode entender que eu não me sensibilizo com a dor dela e colocar a culpa nos objetos. Perde-se a oportunidade de acolher a dor da criança e dar apoio, bem como ensinar a responsabilidade dos cuidados consigo mesma.
Outra coisa importante é entender as fases de desenvolvimento da criança e respeitá-las. Seu bebê de 8 meses vai jogar o brinquedo no chão repetidas vezes e não adianta pedir para que ele pare. Seu filho de 2 anos vai fazer pelo menos uma birra em público. Faz parte da idade e das experimentações. Mas não quer dizer que você não vai educá-lo. É preciso explicar por que ele não deve fazer aquilo e combinar o que se espera dele. Quando ele desrespeitar o combinado, não se descontrole e dê bronca, simplesmente lembre o que foi combinado. Questione: “o que nós combinamos”. A criança com certeza vai responder e mudar a atitude. Para isso, não deixe de fazer sua parte também no que foi combinado e nem deixe de cobrar em alguns momentos, flexibilizando a regra.
Para demonstrar atenção e estar mais presente na vida de seu filho, seguem algumas perguntas a serem feitas no dia a dia. Algo que também vai ajudar vocês a se conhecerem melhor.
Pergunte qual foi o melhor momento do dia dele. Se ele mudaria algo. Qual foi o grande desafio que ele acredita ter enfrentado. Também questione em qual momento ele ficou feliz e em qual ficou triste. Ele se sentiu amado? Saiba com quem ele mais ficou no dia. Também é importante saber se algo o surpreendeu e alguém o inspirou. E vale perguntar se seu filho presenciou algo errado, bem como o que ele fez. Se ajudou e se agradeceu alguém.
Estas são algumas ideias para inspirar você a se fazer mais presente na vida do seu filho e demonstrar seu amor por ele. A cada fase do desenvolvimento, seu filho vai conseguir responder de modo diferente, mas com certeza vão trazer oportunidades de refletir e dialogar sobre sentimentos e acontecimentos de modo a educar para a vida, promovendo autoconfiança e a autoestima. É a base para qualquer outra atividade fora de casa, inclusive a educação escolar, que dará continuidade e seguirá lado a lado com a educação familiar, pois esta continua sempre, mesmo na vida adulta. A força do exemplo das mamães e papais é muito mais forte que qualquer receita de como educar.
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