Ciência também é coisa de menina!

Você já percebeu que todo bebê ou criança pequena é curioso e conhece a metodologia científica? Meninos e meninas, com a curiosidade genuína de quem está descobrindo um mundo novo, reúnem tudo que já conhecem a respeito do tema, testam suas hipóteses e desenvolvem suas próprias experiências, registrando, ao seu modo, o que aprenderam! Isso vale para testar o sabor de alguma mistura culinária inusitada, para verificar a resistência de um galho de árvore e para medir a força necessária para uma bola quebrar o vidro do carro do vizinho! E as meninas, você já percebeu como são curiosas? Questionadoras? Dedicadas com seus estudos, quando os temas em discussão despertam seu interesse? A curiosidade, o espírito investigativo e o encantamento com as novas descobertas fazem parte do cotidiano das meninas também!


Como professora, percebo que elas se interessam por temas diversos, são curiosas por natureza e destacam-se pela facilidade de comunicação – quando “contam” o que descobriram! Você já observou um grupo de pequenas apresentando suas experiências, nas feiras científicas das escolas? É encantador ouvi-las com atenção!
Os assuntos de interesse das meninas são variados e geralmente o problema de pesquisa se desenvolve a partir de questionamentos próprios das pequenas cientistas: desde o incrível processo de desenvolvimento dos bebês durante a gestação, passando pelas características ecológicas de espécies que as deixam curiosas, à robótica e sua aplicabilidade, culminando com temáticas sociais contemporâneas e por questões próprias do universo feminino, como os direitos das mulheres e o combate à violência doméstica.


De fato, meninas bem pequenas, adolescentes, jovens e mulheres adultas fazem diferença na ciência e no desenvolvimento humano! Lugar de menina/mulher é onde ela quiser, inclusive fazendo ciência – e diferença no mudo! Por isso, como reconhecimento e valorização delas temos o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência comemorado em 11 de fevereiro. Que legal isso, né?


Em tempos onde se tem muito conhecimento à disposição, é válido que os adultos, sejam pais ou professores, auxiliem as meninas na seleção de fontes confiáveis de informação, na realização dos seus experimentos, no levantamento de suas próprias hipóteses e na comunicação do que descobriram. Esse incentivo não é meramente “dar a resposta”, pelo contrário, é instigar a busca pelo conhecimento!

Muitas mulheres vêm se destacando na pesquisa científica e podem ser inspiração para as nossas meninas! Um exemplo que ficou conhecido recentemente, no Brasil, é a jovem biomédica e doutora em patologia humana, Jaqueline Goes de Jesus, pesquisadora baiana que, em 2020, coordenou uma equipe que em 48 horas sequenciou o genoma do coronavírus, após a confirmação do primeiro caso da doença no país! Um orgulho para todas as mulheres, para a comunidade científica e para as meninas brasileiras!


Jaqueline recebeu diversas premiações, e foi homenageada com a criação de uma boneca Barbie que a representou, junto de diversas outras mulheres do mundo todo que atuaram na linha de frente ao enfrentamento da pandemia de Covid-19. As meninas precisam reconhecer o espaço feminino na ciência e perceberem que esse lugar pode ser delas! Por isso, é muito importante que os pais valorizem a curiosidade, os questionamentos e todas as pequenas descobertas das meninas, estimulando seu interesse pela pesquisa e o desenvolvimento científico! Afinal, ciência também é “coisa de menina”!

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