As festas de fim de ano estão chegando e, com elas, a comilança que sempre acontece nesse período de comemorações.
É muito comum e até mesmo esperado que as pessoas comam mais nessa época do ano, então não se assustem se as crianças entrarem na mesma onda que os adultos.
Nessa época de feriados, festas, reuniões familiares e celebrações religiosas a comida apresenta um papel muito significativo. Que Natal estaria completo sem chester ou peru com farofa, panetone e arroz com uvas passas? Ou você é do time “sem uva passa no arroz”? E o pavê? É “pavê ou pá cumê”? Toda família tem um tio para fazer esta piada, não é mesmo?
A questão é que é perfeitamente normal comermos mais quando estamos reunidos entre família e amigos, mas não é por isso que devemos olhar para as ceias de Natal e Ano Novo como oportunidades de comermos de forma desenfreada.
A fome fisiológica deve sempre ser respeitada e devemos comer até sentir-nos satisfeitos, essa é uma dica valiosa para evitarmos exageros. Sentir-se “cheio” e “estufado” são sensações que, ocasionalmente, ocorrerão, ainda mais nesta época, mas que não devem ser a regra no nosso dia a dia.
Muitos pais e mães entram em dietas “malucas” e extremamente restritivas com o objetivo de perder peso no fim de ano. No entanto, com a aproximação das festas vêm a ansiedade perante a comida e o medo de comer exageradamente. O medo e a restrição severa da dieta acabam culminando no comer exagerado nas ceias e sensação de fracasso. Esse ciclo é comum nas dietas restritivas, mas costuma ser muito mais sofrido no fim de ano quando todas as comemorações são regadas a muita comida e bebida.
As crianças aprendem, antes de tudo, em casa. Os pais são seus primeiros modelos de conduta, logo, se desejam cuidar da alimentação dos pequenos, antes de tudo cuidem das suas próprias. É claro que, eventualmente, seu filho vai comer um pouco mais de pudim ou tomar alguns copos a mais de refrigerante nesta época do ano, mas é importante manter uma rotina saudável, rica em frutas, vegetais, água e alimentos minimamente processados, a “comida do dia a dia” para que, nos ocasionais exageros, o corpo dele seja capaz de lidar com o excesso.
Mantendo a rotina equilibrada e a alimentação saudável do resto do ano, não existe problema algum em deixar seu filho comer um pouco mais de sorvete na sobremesa do Ano Novo ou comer um pedaço a mais de panetone no café da manhã no dia de Natal. Se os pais tiverem uma relação tranquila e saudável com a comida e o ato de comer, tanto no dia a dia o ano todo, mas também nas celebrações de fim de ano, é muito provável que a criança reproduza o comportamento tranquilo perante a abundância das festas.
Quaisquer que sejam os pratos tradicionais da sua família, não deixe de comer, beber e saborear cada pedaço. Comida não é apenas um punhado de nutrientes, comida também é afeto, celebração, tradição e alegria.
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