Alimentação saudável durante a gestação

A gravidez provoca inúmeras alterações fisiológicas no organismo da mãe, que geram necessidades aumentadas de macro e micronutrientes. A ingestão inadequada desses nutrientes, tanto para mais quanto para menos, pode causar prejuízos no desenvolvimento do bebê. O estado nutricional da mulher é um indicativo de qualidade de vida e saúde tanto para ela quanto para seu filho.

Portanto, fiquem atentas, mamães: a gestação NÃO é o período de fazer dieta de emagrecimento! Não existe fórmula mágica para o seu bebê se desenvolver de forma saudável e nascer com o peso adequado. O segredo é comer de tudo, sempre dando preferência aos alimentos in natura e minimamente processados como frutas, verduras, legumes, carnes magras, óleos fontes de gorduras boas e cereais integrais.

Náusea e vômitos são muito comuns no primeiro trimestre, mas fracionar as refeições e reduzir o volume pode ajudar, bem como ingerir alimentos secos e carboidratos simples e de fácil digestão. Estas recomendações também ajudam no combate a azia que pode aparecer no início e perdurar por toda a gestação, isso porque conforme o útero expande, exerce maior pressão sobre os intestinos e o estômago.

Na gestação, o corpo da mulher está gerando uma nova vida e o corpo do bebê precisa de nutrientes para crescer. A baixa ingestão alimentar pode acarretar problemas de desenvolvimento, enquanto a ingestão inadequada e desenfreada de alimentos ultraprocessados e industrializados pode gerar desfechos desfavoráveis como diabetes e hipertensão maternas, excesso de peso infantil, restrição de crescimento intrauterino e prematuridade.

Acredito que para as mamães que estão “acima do peso” não é nada legal saber que este não é o momento para fazer dietas e emagrecer, mas acredite: não é. Haverá muito tempo para perder peso depois, mas reduzir a ingestão alimentar e gerar uma vida são conceitos que não combinam.

Mesmo apresentando “excesso de peso”, comer sempre será necessário. Durante a gestação a mulher necessita de uma quantidade bem maior de calorias para suprir o gasto energético elevado. Construir um corpinho totalmente do zero não é nada econômico!

Além dos macronutrientes – carboidratos, proteínas e gorduras – o organismo da mamãe também precisa de muito mais micronutrientes, que são as vitaminas e os minerais. Os elementos cálcio, ferro, ácido fólico, zinco e vitaminas A, C e D são especialmente recomendados e podem ser encontrados em leites e derivados, carnes vermelhas e brancas, verduras folhosas verde escuras, hortaliças amarelas e alaranjadas, ovos, castanhas, amendoim e frutas cítricas.

No último trimestre da gestação as necessidades de ferro da mãe aumentam muito, pois é o período de maior crescimento do bebê e, consequentemente, de maior necessidade de oxigênio de ambos. Por isso médicos e nutricionistas recomendam a suplementação deste mineral tão importante, mas não se preocupem se sentirem alguns efeitos colaterais incômodos. A suplementação de ferro pode causar náuseas, constipação e dor epigástrica.

Apesar de todos os incômodos, a gestação é um período mágico e a alimentação adequada somente tem a contribuir para a saúde e felicidade da mamãe e do seu pequeno.

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