Falar de desenvolvimento humano, para mim sempre é muito prazeroso, pois como mãe de duas meninas em idades bem distintas (10 e 22 anos), tenho o privilégio de acompanhar diariamente, as suas diversas fases de amadurecimento. Fases bem desafiadoras.
Sempre irão surgir inseguranças do tipo: qual a melhor maneira de ajudar nossos filhos a construírem uma autoconfiança e autoestima fortalecidos? Se eu disser que é fácil, estarei minimizando a questão, pois tudo que envolve sentimento e comportamento humano vem carregado de pontuações, uma vez que somos seres individualizados e estamos em um constante processo de evolução física e mental. Mas também não é um bicho de sete cabeças.
Fases de mudanças afetivas
O mais importante é entender as fases deste desenvolvimento infantil e o que cada etapa da vida nos reserva. No âmbito psíquico vale destacar que, as crianças apresentam quatro fases: físico, cognitivo, social e afetivo, sendo as fases de mudanças afetivas e cognitivas as mais significativas.
Nosso papel é sermos facilitadores dessa criança, no sentido de lembrar que o mais importante é respeitar os limites dela. Cada uma vai se desenvolver em seu tempo, somos seres únicos. Além disso, é preciso abrir o diálogo e permitir que ela tenha voz e que possa se expressar de modo a ter noção de seus medos e angústias, para elaborar suas questões inconscientes e conscientes. O bom gerenciamento das emoções não significa represá-las.
Comportamento
A criança precisa encontrar abertura suficiente para confrontar o que sente. Em vez de dizer ‘não chore’ ou ‘controle-se’, acolha procurando compreender as razões deste comportamento e auxiliando na busca de respostas adequadas para cada situação, tomando o cuidado para não ser invasivo, o que pode torná-la dependente e passiva.
Seja um estimulador do autoconhecimento, através do uso de sua sensibilidade. Enfim, lembre-se: quando a criança tem dificuldades, toda a família tem também e por trás de um comportamento sempre existe uma necessidade.