Pés das crianças: Como reconhecer cada tipo e tomar os cuidados necessários

A escolha dos sapatos adequados para as crianças é fundamental para garantir o crescimento saudável dos pequenos. Os componentes anatômicos do pé infantil, ou seja, os ligamentos, ossos e músculos, passam por diversas modificações até chegarem ao formato de um pé adulto.

Ao analisar os pés durante os primeiros anos de vida de uma pessoa, é possível notar que sua formação é composta por tecidos menos rígidos, como tendões, gordura, vasos sanguíneos, nervos e músculos, sendo que as cartilagens se ossificam em um processo que será concluído apenas por volta dos 14 ou 15 anos de idade. Primeiramente, devemos reconhecer que existem tipos diferentes de pé e de pisada.

As crianças que não tem uma pisada normal (você entenderá melhor o que isso significa logo mais abaixo), podem necessitar de alguns calçados ou palmilhas especiais. Se isso não for remediado, em longo prazo, a pisada pode causar algum tipo de consequência tanto para a coluna, quanto para o andar e outras atividades.

Para evitar qualquer tipo de problema, a identificação do formato do pé e do tipo de pisada pelos pais ajuda muito na hora de adquirir os sapatos certos para as crianças e também quais não são tão adequados assim para elas. Afinal, antes de ter algo bonito nos pés, é preciso ter conforto, não é mesmo?

No total, são três tipos de pisadas distintas:

A pisada neutra: é considerada uma das mais comuns, abrangendo cerca de 45% da população, conforme o próprio nome diz, representa o tipo de pisada na qual a força é distribuída de maneira igualitária.

A pisada pronada: é comum em pessoas que costumam ter algum desalinhamento do joelho, com rotação das articulações para dentro, fazendo com que a parte interna do pé receba a maior carga.

A pisada supinada: é o tipo de pisada oposta à pronação, ou seja, a pessoa desgasta mais a parte externa do calçado.

Para a melhor distribuição do peso corporal sobre os pés e ajudar na absorção de impactos é que surge na infância, a curva dos pés, também chamada de arco plantar.
Ao longo do tempo, conforme vamos andando e a nossa musculatura se desenvolve, ela tende a aparecer normalmente, contudo, a falta dessa variação anatômica dá origem ao “pé chato”, responsável pelo surgimento de diversos problemas. Pé chato pode causar dor, artrite, joanete, fascite plantar, joelho voltado para dentro e deformações na coluna. Os ortopedistas recomendam que os pais esperem a criança atingir certa idade, para ver se o arco surgirá ou não. É possível por meio de exercícios, fisioterapia e até cirurgia, estimular o surgimento da curva.

O modelo comum de pé absorve o impacto quando o nosso corpo exerce uma pressão no chão, provendo estabilidade. Se isso não ocorresse como deveria, a musculatura sofreria e não aguentaríamos ficar tanto tempo em pé ou percorrer grandes distâncias sem sentir dor. O pé normal também distribui de maneira efetiva o peso do corpo durante a pisada.

O pé cavo é o oposto do pé chato, ou seja, o arco plantar possui uma acentuação maior do que o comum. Nessa condição, a área de distribuição do peso se reduz e também afeta a capacidade do corpo de absorver os impactos. A sua origem vem de fatores hereditários ou de problemas que interferem com o sistema nervoso. Além de dores, pode causar deformidades.

O pé chato impede que as duas funções (absorção de impacto e distribuição de peso) sejam cumpridas corretamente. O corpo tenta reagir à “pisada errada” corrigindo as musculaturas dos pés, tornozelos e afins. Obesidade, falta de atividades e lesões podem facilitar a ocorrência.

O ideal é buscar ajuda profissional para identificar o tipo de pé do seu pequeno e se não apontar anomalias e necessidade de uso de calçados ortopédicos para ajudar na correção, é importante mesmo assim que seu filho utilize calçados anatômicos que vão ajudar no desenvolvimento saudável dos pés.

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